O Tribunal Distrital da Califórnia indeferiu o processo movido por Spencer Elden, que apareceu aos 4 meses de idade na capa do disco “Nevermind”, do Nirvana. Em agosto, o jovem conhecido como “bebê do Nirvana” abriu um processo contra a banda, alegando que foi explorado sexualmente quando criança e pornografia infantil. Na ação, o rapaz de 30 anos alegava ter sofrido vários “danos ao longo da vida” por ter seu corpo nu estampado na capa do álbum.
Os advogados de Elden apontavam que houve “exploração sexual infantil comercial, desde quando ele era menor de idade até os dias atuais”. Eles ainda afirmam que a imagem faz com que Elden se assemelhasse a “um trabalhador do sexo – agarrando-se por uma nota de um dólar”. Segundo a BBC, a banda pediu o arquivamento do processo no mês passado alegando que os argumentos de Elden não tinham nenhum mérito.
Os advogados do grupo declararam que Spencer “passou três décadas lucrando com sua fama de ‘Bebê do Nirvana'” e somente agora demonstrou objeções à foto.
“Ele já refez a fotografia muitas vezes, tatuou o título do álbum, participou de um talk show fazendo uma paródia de si mesmo e usando um macacão em tom nude, autografou capas de cópias do álbum colocados à venda no eBay e usou esse contexto para tentar sair com mulheres”, enumerou a defesa da banda.
De acordo com o jornal The Guardian, Spencer e seus representantes tinham até o dia 30 de dezembro para responder à moção feita pela banda, mas perderam o prazo. Como resultado, o juiz autorizou uma “emenda” no caso, dando ao autor do processo a chance de apresentar novas queixas até o dia 13 de janeiro. Caso a data seja novamente perdida, o processo deve ser anulado.
O PROCESSO DE SPENCER
Segundo o jornal “The Guardian”, o processo aberto na Califórnia, nos EUA, citava diversas partes e conta com 15 réus, incluindo membros da banda, Courtney Love, viúva de Kurt Cobain, e a gravadora que lançou e distribuiu o disco nas últimas três décadas. O álbum foi lançado em 1991.
De acordo com a publicação, Spencer Elden, pedia a indenização de US$ 150 mil (cerca de R$ 787 mil) de cada uma das partes e queria que seu caso fosse analisado por um júri.
No processo, o jovem alegava produção de pornografia infantil com sua imagem, que o mostra nadando nu em direção a uma nota de um dólar. Ele diz ainda que sofreu danos permanentes com a capa, incluindo “sofrimento emocional extremo e permanente com manifestações físicas”.
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