O aclamado diretor de videoclipes vencedor do Grammy, Calmatic (cujo nome verdadeiro é Charles Kidd II), está novamente em destaque com seu segundo filme. Depois de receber elogios por sua versão atualizada de “House Party”, o diretor de Los Angeles decidiu apostar em um remake de outro clássico amado pelo público. “Homens Brancos Não Sabem Enterrar (White Men Can’t Jump)” ganha uma nova roupagem, mantendo uma sensibilidade contemporânea, trilhas musicais atualizadas e sequências divertidas, com jovens atores talentosos.
Um novo olhar sobre um sucesso dos anos 90:
Assim como em seu filme anterior, Calmatic optou por não fazer uma simples cópia do original, mas sim trazer uma abordagem atualizada à comédia esportiva de 1992, estrelada por Woody Harrelson e Wesley Snipes.
O roteiro, escrito por Kenya Barris e Paul Hall, mantém a premissa básica do filme de Ron Shelton, com personagens centrais como o rapper Jack Harlow (em seu primeiro papel principal) interpretando o branco subestimado, e Sinqua Walls (“Nanny”, “The 15:17 to Paris”) como seu parceiro negro e visivelmente mais talentoso.
Ambos vivem em Los Angeles, onde o jogo de rua e torneios de basquete 2×2 podem levar à fama e fortuna, ou pelo menos a um merecido pagamento.
Um enredo desequilibrado:
No entanto, o filme de Calmatic falha em manter a energia e a coesão em tela. O roteiro inchado de Barris e Hall dedica muito tempo a construir motivações fora das quadras para explicar por que (e como) esses dois jogadores aparentemente desajustados acabam jogando juntos.
Em resumo: eles precisam de dinheiro. Todos entendemos isso! Em vez de aceitar isso como uma premissa simples, o filme de Calmatic se interessa excessivamente em explorar as motivações dos personagens, embora eles sejam claramente estereotipados.
Apesar disso, o filme apresenta momentos divertidos e interessantes, como as hilárias atuações dos primos excêntricos de Kamal, interpretados por Vince Staples e Myles Bullock. Além disso, a química inesperada entre Jack Harlow e Sinqua Walls traz um toque cativante à história.
No entanto, o roteiro sobrecarregado e o ritmo arrastado nos dois primeiros atos acabam prejudicando a experiência como um todo. “Homens Brancos Não Sabem Enterrar” tinha potencial para ser um filme leve, ágil e divertido, mas acaba tropeçando em sua própria ambição.
Apesar das críticas, o filme ainda pode ser apreciado pelos fãs do gênero, especialmente aqueles que se sentem nostálgicos em relação ao original. A habilidade de Calmatic em trazer uma nova perspectiva a filmes antigos é louvável, mas infelizmente, desta vez, o resultado final não consegue atingir o esperado arremesso certeiro.
