O vocalista do Aerosmith, Steven Tyler, de 74 anos, foi acusado de abuso sexual por Julia Misley, que alega que o cantor a molestou nos anos 1970, quando ela tinha apenas 16 anos. A vítima ainda alega que o vocalista teria a forçado a fazer um aborto.
O caso veio à tona em dezembro de 2022, porém, apenas nessa quarta-feira (1º), Tyler foi oficialmente indiciado nos documentos judiciais. A vítima alega que o roqueiro usou sua fama e status para “prepará-la, manipulá-la, explorá-la e agredi-la sexualmente”.
De acordo com o processo, Misley teria conhecido Tyler em um show do Aerosmith, em 1973, em Oregon (EUA). Ela acusa o cantor de estuprá-la naquela mesma noite, em seu quarto hotel.
No ano seguinte, quando Misley ainda tinha 17 anos, o vocalista teria convencido os pais da garota a assinar um documento que transferia a guarda da jovem para ele, garantindo que ela estaria em segurança. Durante as viagens da jovem com o Aerosmith, Tyler rotineiramente provia drogas e álcool para Misley.
Ainda segundo o documento judicial, Misley ficou grávida e foi obrigada por Tyler a realizar um aborto. A vítima alega que sofreu diversas sequelas psicológicas devido ao relacionamento abusivo que teve com o cantor.
Misley alega que após a publicação da autobiografia de Tyler, em 2004, as sequelas psicológicas pioraram. No livro, o cantor conta o relacionamento que teve com uma fã menor de idade, caracterizando-o como “romântico e ditado pela afeição”.
Em um comunicado oficial, Misley, agora com 65 anos, negou que busca restituição financeira pelo abuso sofrido. “O que eu quero é que minha ação exponha a indústria que protege celebridades criminosas, que contribua para a limpeza dessa indústria e a responsabilização daqueles que me exploraram e permitiram a minha exploração por anos, junto de tantos jovens e adultos vulneráveis”, disse.