Na véspera de Ano Novo, a Rainha Margrethe II da Dinamarca anunciou uma decisão surpreendente: abdicará do trono em meados de janeiro, passando a coroa para seu filho, o Príncipe Frederik. Este movimento histórico na monarquia dinamarquesa, que não vê uma abdicação há mais de 500 anos, está gerando intensa discussão entre os cidadãos e especialistas reais.
Rainha Margrethe II, que ascendeu ao trono na década de 70 após a morte de seu pai, Frederico IX, tem dois filhos: o Príncipe Frederik, herdeiro direto do trono, e o Príncipe Joachim. Nos últimos anos, ela enfrentou críticas pela decisão de retirar os títulos reais dos filhos de Joachim, alegando a necessidade de reduzir o número de membros da família real com deveres oficiais.
O foco, no entanto, está agora voltado para Frederik, casado desde 2004 com Mary Donaldson, uma consultora de marketing australiana, agora conhecida como Mary, Princesa Herdeira da Dinamarca. O casal tem quatro filhos, com o mais velho, Christian, tendo alcançado a maioridade e, consequentemente, assumindo novas responsabilidades reais.
Contudo, rumores de um affair envolvendo o Príncipe Frederik surgiram após ele ser fotografado com a socialite mexicana Genoveva Casanova em Madrid, enquanto sua esposa estava em Nova York. Embora Casanova tenha negado as alegações, afirmando que o encontro foi estritamente platônico, a família real dinamarquesa optou por não comentar sobre o assunto.
Diante deste cenário, a abdicação da Rainha Margrethe, anunciada em seu discurso anual de Ano Novo, é considerada significativa. A rainha mencionou uma cirurgia nas costas realizada em fevereiro como um dos motivos para sua decisão, além de citar a capacidade de Christian assumir mais responsabilidades reais. Especula-se que a abdicação possa também ser uma tentativa de estabilizar o casamento de Frederik, embora isso não tenha sido confirmado oficialmente.
O anúncio da abdicação levantou comparações com a família real britânica, questionando se o Rei Charles poderia seguir o exemplo de Margrethe e abdicar em favor do Príncipe William. Contudo, especialistas consideram essa possibilidade improvável, dada a recente ascensão de Charles ao trono.