A intersexualidade é um tema que ainda é pouco discutido na sociedade. No entanto, estima-se que cerca de 1,7% da população seja intersexo, ou seja, possui características sexuais que não se enquadram nas definições tradicionais de sexo masculino ou feminino. Antigamente o termo usado era
A influencer Karen Bachini compartilhou nesta terça-feira (22), em seu canal no Youtube, um vídeo relatando que é uma pessoa intersexo. Em seu relato, ela descreve como sua intersexualidade foi descoberta quando ainda era criança e como isso afetou sua vida, incluindo sua identidade de gênero e sexualidade. Ela também fala sobre as dificuldades que enfrentou em busca de tratamento médico e de aceitação da sociedade.
Assim como Karen, muitas pessoas intersexo enfrentam problemas de saúde mental e emocional devido à falta de informação e à discriminação. Por isso, é fundamental que a sociedade esteja mais consciente sobre a diversidade das características sexuais humanas e que as pessoas intersexo sejam respeitadas em sua identidade de gênero e sexualidade.
Por muito tempo, a intersexualidade foi considerada uma patologia e os médicos costumavam intervir cirurgicamente para corrigir as características sexuais das pessoas intersexo. No entanto, essa prática tem sido cada vez mais questionada e considerada uma violação dos direitos humanos das pessoas intersexo, que muitas vezes não têm a oportunidade de escolher como desejam que seu corpo seja.
Hoje em dia, algumas organizações e ativistas lutam pela inclusão e aceitação das pessoas intersexo na sociedade, buscando uma maior conscientização sobre o tema e a garantia de seus direitos. Além disso, o movimento intersexo defende que as intervenções médicas devem ser realizadas apenas quando a saúde da pessoa está em risco e com o consentimento informado dela ou de seus representantes legais.
De acordo com a ABRAI, Associação Brasileira de Intersexo, A pessoa Intersexo nasce com características físicas, genéticas ou hormonais que não se enquadram nas definições biológicas típicas de masculino (cromossomo XY) ou feminino (cromossomo XX).
A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que de 0,05% a 1,7% da população mundial nasça com essas características. A título de comparação, pessoas ruivas são menos de 2%.
É importante destacar que a intersexualidade não está relacionada à orientação sexual da pessoa, ou seja, ser intersexo não significa ser homossexual, heterossexual, bissexual ou qualquer outra orientação sexual.
Em resumo, o relato da Karen reforça a necessidade de se discutir a intersexualidade de forma mais aberta e inclusiva, buscando uma maior conscientização e respeito pelos direitos e singularidade das pessoas intersexo. A inclusão e o respeito às diferenças são essenciais para construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.