A mais recente adição ao catálogo da Netflix, Supersex, mergulha na vida de Rocco Siffredi, um ícone da indústria pornográfica, para explorar questões de masculinidade e o impacto da pornografia. Inspirada nos mais de 1.300 filmes adultos de Siffredi, a série de sete episódios promete uma narrativa envolvente e reflexiva sobre o papel da sexualidade na cultura contemporânea.
Francesca Manieri, responsável pelo drama, visa provocar uma análise crítica do sistema fallocêntrico, colocando os homens diante da representação simbólica de seu poder. Supersex acompanha a ascensão de Rocco Tano, desde sua infância na cidade italiana de Ortona até se tornar a estrela mundialmente conhecida como Rocco Siffredi.
Durante uma entrevista em Berlim, Siffredi, hoje com 59 anos, compartilha suas reflexões sobre a carreira e os dilemas pessoais enfrentados ao longo dos anos. Apesar de ser “livremente inspirada” em sua vida, a série toca em pontos delicados e universais, como a busca por identidade, o custo da fama e o poder da imagem na sociedade.
Além de retratar a vida de Siffredi, Supersex aborda a influência da pornografia na educação sexual moderna e os desafios de discutir sexo abertamente na Itália, um país de forte tradição católica. Alessandro Borghi, que dá vida a Siffredi na série, destaca a responsabilidade e complexidade de representar tais temas delicados.