Alok é acusado de plágio pela Billboard e deve pagar multa milionária

Foto: Reprodução/ Instagram

O maior DJ do Brasil e um dos maiores do mundo, Alok, está sendo acusado de plágio pela Billboard. Segundos informações da revista, Sean e Kevin Brauner, dupla de irmãos conhecida como Sevenn, estão acusando o DJ Alok de plágio por mais de 14 músicas, inclusive a recém lançada ‘Un Ratito’ que tem participação da ex-BBB Juliette Freire.

A dupla também afirmou que eles, e não o Alok, criaram a ramificação do deep house Brazilian Bass, cuja crescente popularidade levou Alok a assinar com a gravadora de dança da Warner Music, Spinnin’ Records.

“Alok inicialmente ajudou e ficamos felizes em retribuir o favor, até que começamos a perceber que ele estava lucrando enormemente com nosso trabalho sem oferecer nada substancial em troca”, disseram os irmãos em comunicado conjunto.

A “Billboard” coletou dados do Spotify para 12 das 14 faixas pelas quais os Brauers dizem que não receberam compensação. Estima que as 12 faixas, que incluem hits como “All I Want”, “Fuego” e “Favela”, receberam um total de 1,024 bilhão de reproduções e geraram um total de quase US$ 4,13 milhões, em pagamentos de gravadoras e royalties de publicação do Spotify. Com isso a Billboard estima um pagamento total da taxa do produtor de US$ 135.000.

Os irmãos chegaram a fornecer evidências à Billboard para provar as alegações, incluindo e-mails e trocas de mensagens via WhatsApp com Alok por mais de seis anos. Entre eles, gravações de áudio de Alok discutindo pedidos de produção, faixas finalizadas e o contrato de gerenciamento de Sevenn com a Artist Factory, com sede em São Paulo.

Eles ainda revelaram à Billboard que trabalharam como “produtores fantasmas” em pelo menos 12 músicas e não receberam nenhum crédito, royalties de publicação ou remuneração. Eles também reivindicaram que foram os criadores do estilo deep-house Brazilian Bass.

Na última sexta-feira, Alok lançou uma nova música, “Un Ratito”, uma colaboração de reggaeton com Luis Fonsi, Lunay, Lenny Tavárez e Juliette. Kevin começou a produzir a faixa em 2017 como “Let’s Make Love (nanananana)”. Desta vez, Kevin foi listado nos créditos das músicas do Spotify como um dos 14 compositores, mas não como produtor.

“A melodia, a bateria, a guitarra – quase tudo o que você ouve tinha alguma coisa que eu fiz”, disse Kevin a revista.

De acordo com Kevin, Alok não pediu autorização a Sevenn para lançar a faixa, nem pagou nada por seu trabalho na música ou discutiu sobre dar a eles qualquer parte da publicação. O advogado de Alok, Marcos Araújo diz que enviou a demo original da música para o presidente da Universal Brasil, Paulo Lima, há cerca de quatro anos, lançando-a como uma colaboração de Alok-Sevenn-Luis Fonsi. Até o momento, Lima e porta-voz da Universal não responderam à “Billboard”.

Sevenn afirmou que não pretendia entrar com uma ação legal contra Alok por royalties ou divisões de publicação. Mas dado o último desenvolvimento com “Un Ratito”, que teve mais de 1,8 milhão de streams no Spotify na quinta-feira, os Brauers dizem que agora estão reavaliando essa posição com sua equipe jurídica.

“Honestamente, é chocante que mais uma vez meu trabalho esteja sendo usado de forma injusta”, diz Kevin. “Parece outra traição. Este é um exemplo do que temos dito. Para os artistas jovens e futuros por aí, esperamos que isso sirva como um aviso para conhecer seus direitos e tratá-los como um negócio”.

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