CPI pede quebra do sigilo bancário de Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas

Divulgação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, em decisão divulgada hoje (23) no site oficial da Câmara dos Deputados, aprovou a quebra de sigilo bancário dos atores Cauã Reymond e Tatá Werneck, bem como do apresentador Marcelo Tas. A investigação se concentra na atuação dos artistas em propagandas da empresa Atlas Quantum.

A decisão também inclui a quebra de sigilo bancário de Rodrigo Marques dos Santos, proprietário da Atlas Quantum. O pedido partiu do deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), que solicitou acesso aos contratos e dados de pagamento relacionados às campanhas publicitárias realizadas pela empresa.

A Atlas Quantum é acusada de fraudar mais de R$ 7 bilhões, prejudicando aproximadamente 200 mil investidores. Marcelo Tas, curiosamente, figura entre os lesados. Durante a operação da empresa, Tatá, Cauã e Tas protagonizaram campanhas publicitárias. Vídeos promocionais com os atores ainda podem ser encontrados na página oficial da Atlas Quantum no Facebook, onde endossam o investimento em criptomoedas.

Os artistas foram convocados para prestar depoimento à comissão, mas se ausentaram após obterem habeas corpus emitido pelo Supremo Tribunal Federal.

Em defesa de Tatá Werneck, seus advogados, Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, emitiram nota: “Tatá atuou apenas como garota propaganda da Atlas, há cinco anos, quando não havia registros negativos da empresa. Se órgãos reguladores permitiam a operação da Atlas, como Tatá, apenas uma atriz, poderia prever atividades ilegais da empresa? Ela jamais aceitaria associar sua imagem a uma empresa envolvida em escândalos. Tatá nunca investiu na Atlas; nunca foi sócia ou teve participação nos rendimentos da empresa. Foi apenas uma prestadora de serviços.”

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