A nova série da Netflix, “A Grande Ilusão”, desafia o estereótipo de sutileza e refinamento comumente associado às produções britânicas, oferecendo um enredo cheio de reviravoltas e suspense. Baseada no best-seller de Harlan Coben, a série acompanha a ex-capitã das Forças Armadas, Maya Stern (Michelle Keegan), em uma trama intensa e envolvente.
Após a morte trágica de seu marido, Joe (Richard Armitage), em um assalto, e o destino semelhante de sua irmã, Maya se vê enredada em um mistério que se aprofunda com o surgimento de um porta-retratos eletrônico com uma câmera escondida. Uma gravação surpreendente revela uma visita de Joe, supostamente morto, à sua filha pequena, desencadeando uma série de eventos que questionam a realidade como ela conhece.
A antagonista, Judith Burkett (Joanna Lumley), é uma figura poderosa e manipuladora, psiquiatra e dona de uma indústria farmacêutica, trazendo uma camada adicional de complexidade à trama. O detetive Sami Kierce (Adeel Akhtar), com seu passado conturbado e desafios pessoais, investiga o assassinato de Joe, adicionando outra dimensão ao enredo.
“A Grande Ilusão” se destaca por sua trama capilarizada, repleta de personagens secundários e subtramas que se entrelaçam de maneira intricada. Enquanto a série avança, a trama se desenvolve em meio a uma teia de intrigas, revelando conexões inesperadas entre os personagens.
A série, contudo, não está livre de críticas. A alta incidência de tramas paralelas em apenas oito episódios às vezes dilui o suspense central, transformando o mistério em uma série de coincidências que beiram o cômico. Este aspecto da narrativa, embora possa ser visto como uma fraqueza, também contribui para o charme único da série, mantendo o espectador engajado até o último momento.
Em resumo, “A Grande Ilusão” é uma série que, apesar de correr o risco de ser rapidamente esquecida em meio a tantas outras no catálogo da Netflix, certamente vale a pena assistir para os fãs de mistérios e dramas intensos.